O que é o cyberbullying?
É a forma virtual de praticar Bullying. É uma modalidade que vem
preocupando especialistas, pais e educadores, em todo o mundo, por seu
efeito multiplicador do sofrimento das vítimas.Na sua prática utilizam-se das modernas
ferramentas da Internet e de outras tecnologias de informação e
comunicação, móveis ou fixas, com o intuito de maltratar, humilhar e
constranger. É uma forma de ataque perversa que extrapola em muito os
muros da escola, ganhando dimensões incalculáveis.
Como se defender e evitar tais atitudes?
Primeiramente vale destacar a
importância da prevenção, que é um trabalho que deve ser feito tanto
pelas escolas e instituições de ensino e principalmente pelos pais, que
devem orientar seus filhos no sentido de conscientizá-los e educá-los
sobre o uso ético, correto e responsável das novas tecnologias e meios
de comunicação. É importante que sejam detalhados os limites do uso da
tecnologia, bem como as consequencias das condutas praticadas pelo meio
eletrônico.
Neste ponto, o grande problema é que nem
sempre os próprios pais sabem como orientar os filhos, uma vez que
desconhecem as novidades tecnológicas e suas múltiplas possibilidades de
uso. Desta forma, é importante que os pais e educadores busquem auxílio
especializado para que possam educar corretamente seus filhos e alunos.
Por outro lado é bom destacar que
constatada qualquer situação de abuso ou de agressão, os pais e as
próprias vítimas devem denuciar tal problema e buscar auxílio
especializado. O fato da maioria das pessoas não tomar qualquer atitude
para reprimir este tipo de situação acaba por aumentar a impunidade dos
agressores, resultando também diretamente no aumento do número de casos.
Em diversas capitais já existem
delegacias de polícia especializada no combate a crimes de informática.
Em Belo Horizonte poderá ser procurada a DERCIFE, (Av. Presidente
Antônio Carlos, 901, São Cristóvão, Belo Horizonte/MG CEP: 31.210-010
Tel: 31 3429.6026 E-mail: dercifelab.di@pc.mg.gov.br)
O Ministério Público de Minas Gerais
também possui uma coordenadoria especializada em crimes de informática,
sendo que maiores informações poderão ser apuradas aqui.
Em determinados casos, dependendo das
agressões vivenciadas, é importante também que a vítima receba
tratamento médico especializado.
Dicas
A seguir, enumeramos algumas dicas para que os pais possam acompanhar o conteúdo acessado pelos filhos na internet:
- Estipule horários, examine o que seu filho faz e os amigos com quem anda;
- Instale o computador em área da casa onde a família circule;
- Acompanhe a criança quando utilizar computadores de bibliotecas;
- Navegue na internet algum tempo com a
criança. Se você é pouco familiarizado com a internet, peça para seu
filho ensiná-lo a navegar. Navegue, veja como a rede funciona e o que
ela proporciona às pessoas;
- Opte por programas que filtram e bloqueiam sites;
- Dedique tempo para navegar com seu
filho. Divirta-se com ele pela rede, conheça os sites preferidos, os
programas que ele usa e as atividades que faz enquanto está online. Quem
sabe você mesmo conseguirá, com o tempo, propor sites e atividades
interessantes para a criança na rede.
- Ensine seus filhos a fazerem um uso
responsável dos recursos online. Afinal, há muito mais na rede do que
salas de chat. Caso encontre algum material ofensivo, aproveite a
oportunidade para explicar à criança os motivos de o material ser
inapropriado e como ela deve proceder.
- Explique que há homens e mulheres
mal-intencionados na Internet. Aproveite para passar a velha idéia do
“não fale com estranhos”, que pode ser muito bem aplicada à comunicação
virtual: ensine a criança a não fornecer informações pessoais como nome,
endereço e escola em que estuda em conversas pela Internet, a não
enviar fotos para pessoas que conheceu pela Internet e a não receber
dessas pessoas nenhum tipo de arquivo.
- Conheça os amigos que a criança faz no
mundo virtual. Assim como podem surgir boas e duradouras amizades,
também podem aparecer pessoas com más intenções. Explique a ela que as
coisas vistas e lidas na Internet podem ser verdade, mas também podem
não ser.
- Não permita que seus filhos marquem
encontros com desconhecidos com quem travaram contato pela Internet sem o
seu conhecimento. Se você permitir que o encontro seja marcado, que
seja em um local público. E, claro, acompanhe seu filho.
- Evite colocar o computador no quarto
dos seus filhos. Dê preferência à sala ou a algum outro cômodo da casa
que proporcione a navegação à vista da família e a livre circulação no
ambiente. Assim você poderá ver de perto o que seu filho anda acessando.
- Converse e estabeleça regras e limites
para o uso da Internet, adequadas à idade da criança. Fixe um horário
ou tempo limite de acesso, converse sobre os sites e serviços que ela
pode ou não pode usar e explique o motivo. Monitore o uso de salas de
bate-papo e de comunicadores instantâneos.
- Use os recursos que seu provedor de
acesso puser ao seu dispor para bloquear o acesso a todo e qualquer site
ou conteúdo que considere inapropriado para o seu filho. Você também
pode utilizar programas de filtragem de conteúdo que estão disponíveis
na Internet.
- A comunicação é fundamental. Mais do
que qualquer programa ou filtro, a conversa sincera entre pais e filhos
ainda é a melhor arma para enfrentar os perigos da pedofilia – e muitos
outros.
- Denuncie atividades suspeitas
- Fique atento à conta telefônica.
Monitore sua conta telefônica e o extrato de seu cartão de crédito. O
número do cartão é necessário para acessar sites adultos e o modem pode
ser usado para discar outros números além do provedor de Internet.
Quais são as conseqüências destas formas de agressão para crianças e adolescentes?
Juridicamente as consequências são a
responsabilização dos agressores e em certos casos também de seus pais e
responsáveis pelos danos causados à vítima. É bom que se diga que
depedendo do caso o agressor também está sujeito a responder penalmente
pelas consequencias de seus atos.
Em relação Às vítimas, além dos danos
morais e emocionais sofridos, existe ainda o risco de que suas imagens,
uma vez divulgadas em rede mundial, atraiam pessoas inescrupulosas e mal
intencionadas do mundo real, que queiram se utilizar delas para fins
escusos, como a pedofilia e a pornografia.
As vítimas sentem medo, raiva e vergonha, por serem traiçoeiramente agredidas, constrangidas e humilhadas.
Vivem um clima de instabilidade
emocional, desconfiança e animosidade no convívio escolar, pois todos à
sua volta tornam-se suspeitos. Normalmente sentem o rebaixamento da
auto-estima, queda do rendimento escolar, sintomas psicossomáticos
diversificados e estresse. Em casos crônicos estimula o surgimento de
doenças e transtornos psicológicos.
Outras não resistem ao constrangimento e
mudam de escola. Em suma, as conseqüências são as mesmas das demais
formas de vitimização Bullying, porém, o sentimento de impotência é
maior, uma vez que o autor(s) é real e se esconde no mundo virtual para
desferir seus golpes e invadir a sua privacidade.
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